Título original: Ways to live forever
editora no Brasil: Geração editorial
Autor: Sally Nicholls
Nº de Páginas: 232
Ano: 2014
Informações:Skoob / Good Reads / Site da Editora
ISBN: 9788561501006
Oii pessoinhas, tudo bem?
Hoje eu trouxe para vocês a resenha do livro Como Viver Eternamente da Sally Nicholls, ele foi publicado em 2008 e foi a obra de estreia da autora.
Nesse livro temos como protagonista e narrador o garoto Sam de 11 anos, ele foi diagnosticado com leucemia três vezes e, mesmo nas duas primeiras vezes o tratamento ter rendido esperança, na terceira vez não surgiu nenhum efeito, teve apenas o objetivo de alongar um pouco mais a vida do garoto por meio de reduzidos medicamentos, o menino já sabia que ia morrer e mesmo tendo pouco mais de 10 anos de idade, conseguia entender no meio de momentos de choro e agonia, que não seria curado dessa vez.
Por causa de sua doença Sam não frequentava a escola, ele recebia aulas particulares em casa com uma professora e seu amigo, outra criança sobrevivente reincidente do câncer. Em uma dessas aulas, que costumam sempre ser cheias de perguntas que ninguém quer, ou mesmo, sabe responder, as crianças recebem da professora o dever de escrever um pouco mais sobre si, mas Sam vai além e começa a escrever um livro, e a partir daí o acompanhamos seus dias – os poucos dias que lhe restam – ficamos sabemos como sua família reage à sua condição, os desejos do garoto, medos e sonhos de uma forma singela e tocante, por ser contado na visão de uma criança.
Em Como viver eternamente Sally Nicholls realmente adotou uma escrita tão leve e ágil como a de um garotinho, sendo por esse motivo um livro de leitura fácil e na minha opinião pode (e deve) ser lida por todas as idades de criança à adulto, até porque, se não me engano, o livro foi realmente escrito para ser infantil, mas com toda a magnitude e o trabalho incrível que foi feito nele, pode servir como uma lição para todos.
É um livro de uma criança com leucemia que vai morrer, mas trata e fala sobre a vida. Não é daqueles livros que vão arrancar choros de soluços de você (apesar de não ser uma coisa impossível), na verdade ele vai fazer você rir, com as coisas que o Sam e seu amigo Felix fazem, aliás a amizade desses dois é também um dos pontos fortes desse livro, o jeito que duas crianças tratam a morte e essa doença é incrível, pois são coisas que nem mesmos os adultos sabem como falar ou tratar.
– Como é que ter câncer vai fazer você melhorar?
– Bem – hesitei. – Para ensinar coisas.
– Que coisa?
– Bem… como… – vacilei – … como o que é importante na vida. Sei lá. Você fica entusiasmado de poder andar de bicicleta, por exemplo. E… e percebe como é importante sua família. Coisas assim.
A parte mais bonita da história de como viver eternamente é o jeito que Sam tem sede de vida, de viver. Mesmo com a doença e toda a negatividade que esta traz ele não se abate, ainda quer realizar seus sonhos e não mede esforços para tal, ele mesmo vai atrás, ora com ajuda de Feliz, ora sozinho, mas tenta e em momento algum aceita a impossibilidade, e nos mostra de forma não-clichê, já que é feito de uma forma única e não aquela coisa de frases feitas, no meio da simplicidade da narração que devemos sempre nos agarrar as oportunidades, dar valor até as coisa mais pequenas da vida e, principalmente, não declarar algo impossível.
Em meio a leveza do livro temos ainda alguns momentos de obscuridade quando vemos a doença chamando atenção para sua existência. Como viver eternamente é um livro que mesmo tratando de um assinto tão difícil não tem aquele peso de alguns livros de drama que tratam de coisas parecidas, ele é um livro bem triste mas que não nos deixa acabado e destruído. Ainda que com tooodas essas coisas boas que citei o livro ainda me incomodou em pouquíssimas algumas partes, mas acho que não foi nada com o livro e sim com a minha expectativa que era bem diferente do que a obra acabou sendo no final. Mas ainda assim merece as 5 estrelinhas, só tenham em mente que toda a lição do livro é direta mas não óbvia, então para ser uma leitura boa temos que pensar na história do jeito certo, senão o livro acaba não tendo objetivo nenhum.
Até semana que vem, bjuu!
Larissa 😉